terça-feira, 31 de maio de 2011

"A Apple nada de braçada"

Na caixinha de comentários do post iPad2 já está sendo vendido no Brasil, nosso parceiro Val-André Mutran informou que em impressionantes 50 minutos acabaram-se todos os iPads de Brasília.  Na oportunidade, opinei que isso provava o sucesso algo atrasado do iPad no BR, tendo em vista que em território estadunidense, já é uma tradição a fila tanto nas Apple Retails Stores como nas Premium Reselers no dia de lançamentos importantes. Os norte-americanos parecem estar suficientemente convencidos da trajetória de sucesso da empresa de Cupertino. As filas acontecem quase sempre. Assim foi também com o iPad de primeira geração. 
Contudo, aqui no Brasil, o momento do lançamento local do iPad de primeira geração, não provocou quase nenhuma corrida, nenhuma fila, nenhuma comoção. Absolutamente nada! Até uma certa apatia, era a tônica. 
Eis então, que entra o leitor, cunhado querido e expert Antonio Fonseca (ASF@Web),  para dar o seu pitaco na história. Jamais esperem dele resumos de coisa nenhuma. O conhecimento dele sobre o assunto é profundo. E a opinião, pelo conhecimento consolidado, reflete isso.


Concordo e para usar uma expressão que vocês adoram: nessa área, a Apple nada de braçada!


Conhecendo as entranhas do iOS/Mac OS X (algo a que me dedico com afinco cada vez maior), posso afirmar que as dificuldades para a concorrência são e serão cada vez maiores.
No momento não existe plataforma com o mesmo grau de maturidade, consistência e oferta de recursos. 
Além dos produtos elegantes e muito bem projetados (hardware) o grande diferencial da Apple está mesmo na estratégia de manter um único sistema operacional, independentemente da arquitetura adotada (Intel para os Macs e ARM para iGadgets). Coisa que a concorrência ainda trabalha desesperadamente para alcançar.
Vejamos o caso da Microsoft, eles precisam desenvolver e manter: Windows para desktop, Windows para servidor, Windows Mobile 6 e Windows Phone 7. Cada um rodando em plataforma diferente, sem compatibilidade binária e sem controle da plataforma de hardware onde executam (por isso a "aquisição" da Nokia).
No caso do Google, temos Android para smartphones, Android para Tablets e agora o Google Chrome OS. Os mesmos problemas da Microsoft o Google enfrenta no que diz respeito ao gerenciamento de compatibilidade com dispositivos, mas adota uma estratégia diferente para fazer isso. O Google deixa a compatibilidade com o hardware por conta dos fabricantes. E foi justamente isso que gerou os problemas de fragmentação que estão penalizando usuários de Android principalmente no que diz respeito a segurança (atualizações) e compatibilidade de apps entre dispositivos de diferentes fornecedores.
Suspeito também que o Google está lançando os Chrome Books (baseados no Chrome OS) sem muito entusiasmo no momento. E é provável que já estejam trabalhando internamente na unificação das plataformas Android e Chrome OS.
O esforço para unificar Android para smartphones e tablets já foi inclusive anunciado e prometido para a próxima geração.
No caso da Apple ela não precisa lidar com essas complicações, o fato de iOS e Mac OS X compartilharem a mesma base de código e tecnologias facilita as coisas não apenas para a Apple, mas também para desenvolvedores de aplicações que não precisam de grande esforço para portá-las entre plataformas de hardware diferentes (Macs e iGadgets).

Quem ganha com isso? É claro, o usuário.

E Apple não está parada.

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