sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Dilema imediato para a presidenta eleita

O fator Erenice supreendeu a coordenação da campanha de Dilma. Somado ao fator Marina, o sinal vermelho acendeu no banker da campanha.

Malaquias e fariseus fizeram a festa na xepa de fim de feira.

Aborto, terrorismo. Mentiras e falsificações. Valia tudo.

Segundo turno constatado. Urnas apuradas. Dilma sagrando-se a primeira mulher eleita para governar um país de homens nada românticos, muito menos republicanos. O Brasil esperava o segundo ato.

Uma hora, era o falseamento da equipe ministerial imposta por Lula. Noutra, a exigência de partidos aliados.

Assim os códigos na mídia foram disparados.

A pergunta é: a presidente eleita, Dilma Housseff, está preparada para governar abrindo concessões ao comando econômico e de seus gulosos aliados?

Penso que Dilma errou feio ao jogar no colo dos governadores eleitos a história de reavivar a excrecência da CPMF.

Seria mais honesto falar de cara: vou recriar a CPMF.

Mas, por quê Dilma não regula os bingos em seu país?

Eu não gosto de falseamento.

Acredito que se persistir na senda do aperto fiscal, apanhará duplamente da mídia financista: por não atender a demanda sempre insaciável por desvios de recursos dos setores produtivos e sociais para cevar os rentistas e pelo desgaste embutido em políticas de cortes de gastos públicos.

A batalha pela correção do Imposto de Renda, cuja maior defasagem, de 44,96%, remonta ao interminável Governo FH, é apenas a primeira escolha que Dilma terá de fazer.

Sinais de fumaça, ainda que cinzentos, apontam para um desastre logo no início de seu governo.
A presidenta tem que autorizar o rejuste da tabela do imposto de renda, e parar com essa pantomina de cogitar aumento na já brutal carga de impostos.

Estou preocupado com essa transição.

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