sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Som do Passado e a Fúria do Presente
























Eu temo o desespero. Essas notícias aí de cima recordam a mim o tempo em que estudei Anatomia Patológica com o também acadêmico Sérgio Carneiro, lá quase no final da ditadura; no tempo em que bombas da extrema-direita faziam voar pelos ares bancas de revistas que vendessem jornais contra a ditadura, criminalidade a que somavam-se as cartas-bombas endereçadas a Ordem dos Advogados do Brasil.
Exatamente. Quando lá estávamos nós estudando os mecanismos da lesão inflamatória no tijolíssimo Bogliolo - Buuummm! -, eis que ia pelos ares alguma banca na Praça da República. Era quando deixávamos o estudo e na madrugada buscávamos onde estaria a carcaça de ferro e alumínio destroçada pela explosão, que pretendia por seu efeito impune intimidar a quem divulgasse a informação inconveniente.
Naquela altura, Serginho preparava-se para ser presidente da UNE em tempo que viria a ser o anteato do processo de redemocratização do Brasil. E vejam quanto é irônica a história: hoje ele trabalha em Brasília, temos aqui amigos em comum, mas nunca coincide de nos encontrarmos. Para lerem a matéria em destaque, da newsletter Brasília Confidencial, apena cliquem duas vezes sobre a imagem.

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