sexta-feira, 28 de março de 2008

A Tormenta

Face ao estrondoso sucesso de público da película "Lula - o filme", a concorrência repaginará a fracassada novela do 3o. mandato, buscando atrair audiência. Enquanto isso, naquela cobertura quadriplex do "Edifício Balança, Mas Não Cai", o Primo Rico roi de ódio a ponta de seu tapete mais puro persa, presente de um sheik das arábias. Da porta da biblioteca de 15 mil volumes, Charles, o gélido mordomo inglês, assiste impassível a deprimente cena. Nas suas mãos, impecável, vê-se um jornal e, parcialmente, uma chamada que trecho não é de um diálogo de Rei Lear ... son, solve the crisis. Certamente, no estado de fúria em que se encontra, seria emoção demais para o Primo Rico ler o The Londonian News, o que o afogaria na raiva das babas que aumentaria caudalosas sobre o tapete arruinado. Mas, eis que o telefone toca, suspendendo por breve instante a fúria do nheco-nheco que faz encolher com rapidez os metros quadrados da tapeçaria. Não, senhor, não é o Maestro John Neschling. É o senhor Duciomar Costa, que de Belém quer falar-lhe... Sem poder escapar pela cozinha de seus ancestrais para as sombras da mata, em que tucanos há muito não cruzam os ares, o Primo Rico sabe que o pesadelo é só dele.

3 comentários:

morenocris disse...

rsrs

Ai Oliver, você não existe mesmo! rsrs

Caramba, você é o mais criativo desta blogosfera! Amo-te tanto por isso! Legal. Você é muito legal.

Beijos.
Boa noite.

Itajaí disse...

Rsrsrs. Ah, Cris, você mesmo... rsrsrs... valeu!

Yúdice Andrade disse...

Oliver, esta foi demais! Parabéns.