quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Mais que juros: desenvolver é o desafio



Quando saí de Portugal, em 1954, os problemas lá
eram democracia, humanismo e terror.
Já no Brasil eram a injustiça social, o atraso
e a presença do imperialismo.
Quando entrei para o BNDE, aluna de economia ainda,
deparei-me com as estatísticas:
esse país é uma desigualdade só.
Compreendi então (1958) as dificuldades das tentativas
de construção de uma "democracia nos trópicos".

A petista Maria da Conceição Tavares, professora emérita do Instituto de Economia da UFRJ, investe mais uma vez contra a política de juros altos do Governo, e não poupa de responsabilidade os principais assessores de Lula. Nunca a irritação costumeira deu maior contundência às palavras da notável economista, que, entre menores malcriações atribuídas, diz a lenda, chamava a Delfim Neto, ministro da Fazenda e civil todo poderoso da ditadura militar, de aquele menino da USP. Detalhes da crítica ao governo Lula e da análise do cenário econômico internacional estão em entrevista a Desafios ao Desenvolvimento, revista do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas - IPEA. É o primeiro sinal prático de que arejam a instituição outros ventos. Pois, como disse de outra feita a entrevistada: é preciso navegar e viver.

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