sábado, 15 de dezembro de 2007

Nem cimento, nem tijolo

O Ministério da Saúde já anunciou a assinatura de um convênio com a prefeitura, no primeiro trimestre de 2008, para a liberação de R$9 milhões a serem aplicados na duplicação do PS da 14 de Março (Coluna Repórter 70 IN: O Liberal, 15 de dezembro de 2007).

A medida divulgada resolve no curto prazo a superlotação existente, mas no médio e longo prazos veremos novamente aquela unidade hospitalar novamente superlotada e sucateada, se não for acompanhada de urgente reorganização da saúde pública em Belém e no Estado.
Recordo que na administração de Edmilson Rodrigues o HPSM foi reformado e a cidade recebeu um segundo hospital de urgência no bairro do Guamá, que equipado custou próximo de 11 milhões de reais, se não me falha a memória. Contudo, em razão da situação em que se encontrava a organização das redes e serviços de saúde pública no interior do Estado, em um ano os hospitais já apresentavam sinais de retorno à superlotação.
É crucial que entendamos que as unidades de saúde, tal qual os orgãos do corpo humano, não operam isoladas, sim em redes interligadas e hierarquizadas que garantem a efetividade do sistema. Sem essa noção, qualquer investimento realizado em Belém, ou no Pará, estará fadado a não render os dividendos que interessam para a melhoria da saúde dos paraenses.

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