terça-feira, 30 de outubro de 2007

Azedume

A LAEP Investments Ltd., fundo latino-americano de investidores que detém 98% das ações da Parmalat, tinha programado para ontem, 29, a disposição de suas ações para venda na Bolsa de Valores de São Paulo.

O IPO (denominação em inglês para a expressão “oferta pública de ações”) da empresa, porém, como se sabe, foi violentamente contaminado pela soda cáustica e por água oxigenada. Estimava-se em um bilhão de reais o aporte de recursos decorrente do início da venda de ações na BOVESPA. Não há como estimar os prejuízos da investidora com o escândalo, que nasce da operação Ouro Branco, da Polícia Federal.

Consta que os controladores da LAEP estavam todos na Europa, vendendo o produto (as ações, não o leite) aos investidores internacionais. Tiveram que voltar literalmente voando ao Brasil, na tentativa de apagar o incêndio, ou ao menos diminuir sua intensidade.

4 comentários:

Anônimo disse...

Dr. Francisco:
A empresa em questão já esteve em passado recente envolvidas em transações nebulosas.
No caso em tela, o que entendi das reportagens é que a fraude era cometida na cooperativa de leite de Uberlândia, que empacotava para várias marcas. estranho, nao! Se esse é o procedimento comum, na verdade os leites em caixa longa vida são todos iguais, só mudam de marca por razões comerciais. Esse um país de cabeça para baixo. Égua!

Antonio carlos de andrade enganado monteiro

morenocris disse...

Bom dia, FRJ.

Vou começar por aqui. Pasme que essa Operação Ouro Branco iniciou em agosto deste ano, acho que no dia 27.

Beijos.

Francisco Rocha Junior disse...

ACM, na indústria de alimentos, este procedimento é comum. Muitos dos grandes frigoríficos, por exemplo, compram matéria-prima (carne bovina e de frango) de pequenos produtores, reunidos em cooperativas. A marca (Sadia, Perdigão, etc.) vende a industrialização e logística do produto. Grande parte das vezes, a terceirização da produção é incentivada pelas próprias grandes indústrias.
É evidente que neste processo, a grande indústria tem culpa no cartório. Quem faz chegar o produto à mesa do consumidor não pode fugir da responsabilidade de ter vendido leite contaminado, como pretende fazer-nos crer a Parmalat.

Francisco Rocha Junior disse...

Pois é, Cris, e até agora a Veja comeu mosca. Aliás, será mesmo que comeu, ou deixou ela fugir?