quinta-feira, 19 de julho de 2007

O desafio chinês.


Aeroporto de Beijing, 2007.
25% dos terráqueos habitam a China. A economia chinesa cresce em ritmo acelerado. Há poluição que deixa o céu de Beijing, a belíssima capital, tão ou mais cinza que o de São Paulo e 70% dos rios estão poluídos. Promissor polo de biotecnologia, naquele país a vacinação, tal qual a Índia, não se dá de forma universal e gratuita. Aprofundam-se diferenças sociais entre o campo e os núcleos urbanos.

4 comentários:

Anônimo disse...

E?

Itajaí disse...

Está posto em questão, pela citação de alguns fatos, a discussão sobre o desafio de desenvolver um país e escapar dessas armadilhas. O que vc. acha?

Anônimo disse...

Acredito que existem diferenças demais entre Brasil e China para traçar qualquer paralelo consistente. Até mesmo com a Índia fica um pouco difícil.

Mais produtivo seria esquecermos essas comparações e nos concentramos em nossos problemas internos, históricos, básicos e completamente óbvios.

O governo "neoliberal" de FHC corrigiu a economia no primeiro mandato (e quase colocou tudo a perder no segundo), agora o governo "popular" de Lula sabiamente não interfere na economia, mas não consegue avançar de forma consistente na solução dos problemas sociais (sua principal bandeira).

São avanços discretos na construção de uma improvisada e paralela rede de proteção social, avanços discretos na educação e o desmantelamento da infraestrutura.

Faltam reformas estruturais e políticas profundas para viabilizar todo o resto e ninguém parece ter coragem, compromisso ou isenção suficientes para fazê-lo.

Itajaí disse...

Mesmo reconhecendo peculiaridades, claro que podemos compará-los, afinal ambos pertencem ao mesmo bloco econômico, designado como BRIC (http://pt.wikipedia.org/wiki/BRIC).
Nosso passivo social é imenso, não há o que discordar, mas no que respeita ao governo Lula, ou a qualquer outro, a comparação deve ser melhor especificada, especialmente sobre com o que se está fazendo o contra-ponto. Por exemplo, para pegar um ponto de sua crítica, a política social aperfeiçoada pelo governo Lula tem impacto positivo na economia dos pequenos municípios brasileiros, especialmente no setor de serviços, segundo estudo realizado pela UFBA.
Por outro lado, relatório da ONU, aqui divulgado, traz a desconcertante constatação de que se distribui renda sem dúvida, mas nos países em desenvolvimento isto necessariamente não reduz a desigualdade. Logo: distribuir renda não é igual a reduzir desigualdades sociais, por que esta possui origens mais profundas e mais amplas nas sociedades desses países.
Nesse sentido o que o Brasil precisa dizer para si próprio é que o enfrentamento da pobreza e da miséria deve se tornar uma política de estado, na lógica de incorporação de direitos, evitando o assistencialismo que vinha pautando as ações dos governos até então. Esse é o caminho