quarta-feira, 28 de junho de 2006

Apreensão


O frio intenso traz o inusitado


Caminhada revela surpresas


Centro Comercial


Museu da Patagônia


Centro Cívico (Prefeitura)


Bariloche, 29 de Junho de 2006
Altitude: 800 metros
Temperatura: 11 graus
Humidade 70%

Na véspera do jogo com a Alemanha, os argentinos de Bariloche nao escondem sua apreensão. Já temendo talvez um mal resultado, alguns alegam que se a Copa do Mundo já nao estiver "reglada" (combinada) para a vitória da Alemanha - dona da casa - a Argentina deve conseguir a vitória amanhã. Saibam entao todos, que se a Argentina perder o jogo, eles afirmarão que a Copa estava "reglada".
Nós, Brasileiros, somos mesmo fanáticos por futebol. Mas nunca a este ponto.

Hoje o dia amanheceu nublado como sempre mas a temperatura estava muito agradável. Só no meio da tarde, caiu aquela garoazinha fria que "sin embargo" não prejudicou um excelente passeio a pé pela cidade. Estadia em Bariloche, acredito que 4 dias seja suficiente. Afinal, após vencermos os principais atrativos turísticos da cidade, só nos restam os 800 metros do centro comercial para fazer compras, que talvez sejam mais aconselháveis em Buenos Aires mesmo, ou no Duty Free do aeroporto. Depende muito do que se deseja. "Hay" que caminhar bastante e pesquisar preços. Eu que já vou completar 8 dias aqui (vim antes de minha família para uma Convençao Internacional de Médicos no Hotel Llao Llao (que alíás vai merecer capítulo especial neste blog), confesso-me bastante entediado, louco para finalmente aproveitar as belezas da capital argentina, com muitas opçoes de divertimento.
Contudo, hoje como previsto, fizemos o "full contact" com a cidade visitando o Centro Cívico, o interessantíssimo Museu da Patagônia e após ir ao maior shopping da cidade (bem pequeno) caminhamos de volta ao centro conhecendo os lugares onde as pessoas trabalham, compram víveres, enfim, onde fato moram, longe do desagradável agito turístico (com todos aqueles turistas brasileiros com "uniformes" da CVC, aaarrrgghh!). Nao entendo como ainda tem gente que "paga estes micos" de viajar pela CVC. Se eles sequer imaginassem como são vistos por aqui, jamais cometeriam o mesmo erro.
Viajar, acima de tudo, é estar mais livre do que nunca para caminhar, sentir odores, estabelecer vínculos, sem esquecer de planejar e evitar os locais inseguros. Tudo isso é possível sem a tutela de nenhuma empresa uniformizada e equipada com rádios e outras traquitanas para "vigiar" seus "tutelados". Conhecemos outros brasileiros e backpackers por aqui (incluindo bons a amáveis paulistas) que foram unânimes nesta opiniao: CVC é uma bobagem que chega a ser irritante e mal vista pelos habitantes locais. Se eles não deixassem tantos pesos, talvez enfrentassem outra realidade.
Que sejam felizes também em suas viagens. Mas avisem ondem estarão para que eu me distancie, sempre que possível.

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