sexta-feira, 5 de maio de 2006

Eldorado mais uma vez?

No RD, duas notas que chamam a atenção para outra coisa além do principal problema:

Silêncio rompido
Tem fundamento jurídico a intenção da deputada Sandra Batista de reabrir o caso Eldorado dos Carajás. Se o coronel Mário Pantoja for à Assembléia, como propõe Sandra, e ali confirmar as declarações feitas na mídia nacional - dando conta de que cumpria ordens do então governador Almir Gabriel -, o caso poderá ser novamente encaminhado ao Ministério Público.

Bem agasalhados
O respaldo jurídico, entretanto, não é tudo. As barreiras para se chegar aos responsáveis pelo episódio que resultou na morte de 19 trabalhadores sem-terra começaram a ser erguidas dez anos atrás. Na época, o presidente do IPM que apurou o caso era o coronel João Paulo Vieira, hoje comandante geral da PM, e o chefe do Ministério Público, órgão encarregado de oferecer a denúncia à Justiça, era Manoel Santino, atual secretário Especial de Defesa do Estado.


É o seguinte. Este governo parece ter equacionado sua governabilidade de 2 maneiras claras: paga caro pelo silêncio do maior jornal do estado mesmo que devidamente ivcezado e engessa o MP (que se comporta como engessado) dando o cargo ao Santino. Assim, garantiu sua aparente blindagem. E quem paga com isso é o eleitor, que pensa que tudo corre em mar de brigadeiro por estas pradarias. Bem como na ditadura, achava-se que o sonho de Brasil grande era verdadeiro. Mas na época, a imprensa era duramente censurada. Mas hoje, o que exatamente acontece?
E tenho minhas dúvidas se o eleito no futuro, não faça a mesma coisa ou pior.
Será que só uma cabanagem contemporânea é que dará um jeito neste ciclo de desgovernos?

2 comentários:

Anônimo disse...

Qual futuro, o do presente?! Nada vai pra frente.
Se é do pretérito, como bem lembraste,um neocabano ainda é lucro (não se debata!). (Estropitosa gargalhada geral)

Carlos Barretto  disse...

Hehehehehe! Vc como sempre estreptosamente bem humorado meu neocabano anônimo.